Voltemos ao tema do último texto postado no Blog da Get Comunicações. Pra quem não leu, vale dar uma olhada para entender do que vamos tratar neste texto. Nesse título, já inicio de uma maneira diferente. Agora é hora de falar da soma, das funções em comum entre o assessor de imprensa e o jornalista de redação, das facetas em questão que fazem parte do dia a dia de cada um, que parecem distintas, parecem estar de lados opostos, mas que na verdade podem convergir e torcer pelo mesmo time: a busca pela ética, veracidade e equilíbrio da notícia.
Antes de tudo, como prometido: as questões acadêmicas. Alguém se lembra daquele colega que sentou ao lado na Universidade, que acompanhou as mesmas aulas que você, desde a saudosa Teoria de Comunicação no Primeiro Semestre, até as aulas de Televisão, Impresso e Assessoria de Imprensa? Pois bem, por decisões e caminhos da vida, vocês podem ter optado por direções diferentes: um foi trabalhar com hard news, nas frenéticas redações, e o outro com assessoria de imprensa, nas também disputadas vagas de agências.
A pergunta é: a formação é a mesma – inclusive a aula de ética, com aquele professor que alertou sobre os passos a serem seguidos na profissão, até o grande dia do juramento na Colação de Grau – e por que muitas vezes acontecem rixas e desentendimentos? Vamos já para a parte que importa aqui: que tal somarmos nossas funções para o bem comum da informação e prestação de serviço com qualidade?
Ah, mas as línguas vão dizer: “o assessor trabalha para o interesse de uma empresa”. Hum… Pensando aqui. Certo também. E o jornalista de grupos de mídia também trabalha para o interesse de uma empresa, correto? Não diga que caso ocorra um escândalo com o meio de comunicação em questão, vão ser transmitidas matérias de caráter negativo sobre o jornal. E mais: existem outras questões políticas, empresariais, que também fazem parte e estão inseridas nas matérias de forma não tão perceptível assim.
Não, não vim aqui para acusar A ou B. Isso não interessa. Sei de todos os argumentos que podem ser falados em defesa dos lados que discutimos neste texto. O que importa aqui é o seguinte: vamos deixar as situações não relevantes e desnecessárias de lado e trabalhar pelo bem comum? Pela união, qualidade e profissionalismo de nossas carreiras?
O assessor e o jornalista estão em constante contato nas tarefas do dia a dia. Sim, estão do mesmo lado! O assessor contribui com sugestões de pautas e Releases para os meios de comunicação, é visto como fonte de informação. E aqui cabe a seriedade, veracidade e credibilidade ao ser uma opção de caminho confiável para o jornalista das redações. E o outro lado também é verdade: o jornalista de redação que trabalha de forma ética e transparente para somar com o conteúdo da notícia divulgada.
Por isso que o mais relevante aqui é a soma! E mais ainda: o respeito. Temos as mesmas origens, já passamos por meios de comunicação e agências, e queremos apenas exercer nossa função de divulgar notícias, prestações de serviços à população ou público consumidor com ética e veracidade. Tudo certo? “Ah, mas você não comentou do assessor ladrão, do jornalista corrupto”. Não. Partimos do pressuposto que falamos aqui de pessoas éticas e de caráter que trabalham com Comunicação. Esse pode ser outro assunto.
E vamos seguir trabalhando? Apenas isso! E só isso já é muito, não é mesmo?
Gabriela Dias (Diretora de Planejamento e Conteúdo – Get Comunicações)